Carnaval e a folia do dinheiro público. Ou: Bons ventos sopram em Jaciara

Me disseram que o tema não tem mais motivo de escrever, pois já passou! No entanto, se tratando do país do carnaval sempre será um assunto bem sugestivo a qualquer momento. Parafraseando uma fala na peça do grupo teatral "Os Melhores do Mundo". Observei que os ventos do Sul e do Norte tem jogado areia nos olhos dos gestores da cidade. Só tendo areia nos olhos para não enxergarem a total incoerência que se submeteram.

Este ano cidades bem mais populosas e com o PIB muito além de Jaciara, decidiram não realizarem o Carnaval de Rua, para utilizar o dinheiro em melhorias para a cidade, foi o caso de Rondonópolis e Campo Verde. Esta ultima, iriam ser gastos mais de R$ 300.000,00 (Trezentos mil reais) para o carnaval. São gastos como: contratação de shows, palco, segurança, isolamento do perímetro entre outros. A prefeitura achou melhor, utilizar este recurso para melhoria da população. Portanto, não fizeram o Carnaval de Rua pelo segundo ano consecutivo, assim como a cidade de Rondonópolis fez.

Parece que pelas bandas de Jaciara MT, bons ventos tem soprado e foi uma baita ventania que levou consigo R$ 135.000.00 (cento e trinta e cinco mil reais). Valor pago pela Prefeitura Municipal de Jaciara APENAS pelos shows realizados no Jacifolia 2015. Sem somar a esta conta:  palco, segurança, isolamento do perímetro etc. Como você pode conferir no fragmento da contratação. 

O tempo ruim passou! lembrando que dois meses antes do JaciFolia 2015, a Prefeitura Municipal de Jaciara foi submetida a rescindiu os contratos de vários funcionários interinos alegando que não teria dinheiro em caixa para os pagamentos

Não sei bem o que daria para fazer com R$ 135.000,00 (cento e trinta e cinco mil reais). Todavia, penso que seria suficiente para "terminar" essa construções  que há anos nos incomodam. Ah! me esqueci que para isso temos a eficiência da Operação Tapa Buracos. A verdade meus amigos, diria alguns, o povo chora de barriga cheia.

O valor da amizada. Ou: Quem disse que o atendimento é demorado?

Ao procurar atendimento no Hospital Municipal de Jaciara, o paciente não é mais necessariamente atendido pela ordem de chegada, um profissional de enfermagem cuida para classificá-lo de acordo com a gravidade do problema, segundo uma funcionária que tirou minhas dúvidas. São os critérios de atendimento! perfeitamente aceitáveis. No entanto, alguns funcionários do Hospital Municipal de Jaciara, têm considerados critérios inusitados.

Ocorre que, enquanto aguardava, notei privilégio no atendimento de consultas, àqueles que possuíam amizades influentes eram proporcionado um acesso ágil e diferenciado aos serviços. Esse tratamento desigual representa ofensa à Constituição Federal, em especial ao Artigo 196. "A saúde é direito de todos... garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doenças... e ao acesso universal e igualitário às ações.) Artigo que estabelece como fundamento do país democrático em que vivemos a dignidade da pessoa humana e dispõe ser a saúde um direito de todos e que tem a obrigação de proporcionar um atendimento integral.

Considerado referência no Vale do São Lourenço com mais de trinta mil consultas no ano de dois mil e quatorze. O Hospital Municipal de Jaciara desempenha uma importante ação em toda nossa região, isso é inquestionável. Contudo, os critérios de seleção para os atendimentos de consultas estão tendo dificuldades de serem seguidos, ao menos que você seja amigo(a) de algum funcionário que tenha influência no órgão, passando assim a ter “carta branca” ou melhor, “passe livre” para furar filas e ser atendido burlado as regras.

Uma charge de Ivan Cabral expressa meu pensamento e complementa  a situação dos que aguardam até três horas em nome da amizade (logo abaixo). Para concluir, deixo um fragmento do poeta Mario Quintana que teve oportunidade de asseverar: "A amizade é um amor que nunca morre". Se depender de alguns funcionários do Hospital Municipal de Jaciara a Amizade nunca precisará se preocupar em "morrer” na extensa fila de espera.